Arquivo Público de SP disponibiliza jornais históricos da “imprensa negra”.
Ter uma perspectiva não eurocêntrica sobre a abolição da escravatura no Brasil e a vida do povo preto nos anos subsequentes à Lei Áurea agora é possível. Estão disponibilizados no Arquivo Público do Estado de São Paulo 23 títulos de jornais e revistas que abordam o assunto, datando as duas primeiras décadas do século XX.
O termo “imprensa negra” é comumente utilizado na referência a títulos de jornais e revistas publicados em São Paulo após o processo abolicionista. Destacavam-se pelo combate ao preconceito e na afirmação social da população negra.
Estes jornais também agiam na divulgação de eventos cotidianos da população negra, como festas, bailes, concursos de poesia e beleza, que raramente apareciam em veículos da grande imprensa.
A maioria dos jornais foi editada na cidade de São Paulo, mas também constam alguns títulos de outras cidades como o Rio de Janeiro, Campinas e Sorocaba.
Os jornais disponíveis são:
O Alfinete (1918-1921), Alvorada (1948), Auriverde (1928), O Bandeirante (1918-1919), Chibata (1932), O Clarim (1924), O Clarim d´Alvorada (1929-1940), Cruzada Cultural (1950-1966), Elite (1924), Getulino (1923-1916), Hífen (1960), O Kosmos (1924-1925), A Liberdade (1919-1920), Monarquia (1961), O Novo Horizonte (1946-1954), O Patrocínio (1928-1930), Progresso (1930), A Rua (1916), Tribuna Negra (1935), A Voz da Raça (1933-1937), O Xauter (1916).
Você pode ter acesso à eles no site do Arquivo Público de SP.