Falamos tanto da importância da autoestima e do autoamor, parece que temos a ideia clara sobre o quanto essas palavrinhas são transformadoras (o que não significa que na prática a gente aplique), mas isso é tema pra outra conversa.
Venho me perguntando sobre quantas vezes falamos, de fato, sobre o oposto: As consequências do autoódio.
A falta de autoestima e do autoamor também nos transforma, pois a existência do auto ódio é venenosa, perigosa e até letal. Ele surge sorrateiro, silencioso e velado.
Pense comigo: muitas pessoas reconhecem não ter a autoestima boa, não ter uma rotina de autocuidado ou tempo de olhar pra si, mas quantas pessoas reconhecem que se odeiam?
Quem se odeia?
Muita gente, inclusive você em algum momento da vida (busque aí nas suas lembranças):
- Ser omisso em relação às necessidades reais da sua saúde;
- Fingir demência em relação à necessidade de mudar a alimentação ou fazer exercício físico por conta dos resultados do seu último exame de sangue;
- Não ir atrás daquela terapia que você sabe que está precisando etc…
Posso dar infinitos exemplos de como muitas vezes a gente se odeia e “marca gol contra”.
Recentemente eu assisti o filme A Baleia, não vou dar spoiler, só escrever o quanto fiquei reflexiva pensando sobre como os seres humanos são capazes de se auto machucar.
Quando não nos perdoamos, quando não nos sentimos dignas ou merecedoras, quando não confiamos em nós mesmas, somos o nosso maior perigo.
De forma sorrateira e silenciosa se inicia um processo de auto sabotagem, de auto descuidado e muitas vezes de danos irreparáveis ao físico e/ou psicológico.
Na De Benguela trabalhamos com a autoestima e bato muito nessa importância.
Se pararmos pra refletir, vemos facilmente as consequências negativas que trazemos pra nossa vida por conta dos momentos de baixíssima autoestima.
Fique de olho, levante essa cabeça, levante essa autoestima, pois ela é FUNDAMENTAL para o funcionamento de todo o resto, afinal, não tem como viver bem se auto sabotando constantemente.
Como recuperar a autoestima e autoamor?
E é aqui que chegamos num ponto crucial: Precisamos urgentemente fazer as pazes com o nosso cabelo.
E quando digo fazer as pazes estou falando com você que está lendo, que nem percebeu a quão tóxica pode chegar a ser a sua relação com o seu cabelo:
- Não conseguir se ver sem ser lisa;
- Não conseguir se ver sem tranças;
- Não conseguir se ver sem extensões capilares;
- Não conseguir se ver com o seu cabelo natural solto;
- Não conseguir usar o seu cabelo sem ser com extrema definição;
- Não conseguir assumir que o seu cabelo está precisando de ajuda…
Pode até mesmo acontecer de tentar adaptar a sua versão capilar em função do meio ou das relações, acreditando cegamente que está fazendo por gosto pessoal, mas no fundo você sabe que é pra agradar a terceiros, ou melhor, para não desagradar, embora você saiba que tem gente que nem “pintada de ouro” você agradará!
Essa é uma reflexão profunda que merece não ser afogada no seu fingimento de que está tudo bem, pois talvez não esteja.
Estará quando você usar as suas tranças, as suas extensões lisas e o seu cabelo extremamente definido como uma opção real, não como uma imposição interna/externa que você carrega.
Estará tudo lindo quando você se olhar no espelho e amar essa pessoa nas suas milhares versões, porque sim, podemos ter milhares de versões sempre e quando elas não existam como desculpa para nos escondermos de nós mesmas.
Para cada Rainha que está no caminho do autoamor e da autoestima…
Com amor e carinho,