Essa semana Maya Angelou foi anunciada como a 1ª mulher negra a estampar a moeda norte-americana, a escritora, cantora, atriz e ativista social será o novo rosto que aparecerá na moeda de 25¢.
A iniciativa é da campanha American Women Quarters, um programa que irá homenagear mulheres importantes para a história dos Estados Unidos estampando seus rostos nas moedas. As homenagens também incluem Anna May Wong, Nina Otero-Warren, Wilma Mankiller e Sally Ride.
Pela primeira vez uma mulher negra estará presente na moeda e a escolha pelo nome de Maya Angelou não é para pouco.
Angelou é, até hoje, uma figura notável não apenas na história estadunidense, a escritora conquistou o mundo com sua escrita, seu ativismo e sua habilidade de comunicação e pesquisa.
Quem é Maya Angelou?
Nascida em abril de 1928, Maya Angelou foi escritora, poetisa, atriz, cantora, bailarina e ativista negra. Aos 8 anos foi violentada pelo namorado da mãe e o viu morrer pouco depois espancado pelos seus tios.
Esses dois fatos foram estopim para que Maya desenvolvesse um transtorno psicológico que a fez ficar muda por 5 anos.
Mais tarde, a escritora revelou que sua recusa para falar se deu por medo de sua voz matar mais alguém.
O transtorno foi enfrentado com ajuda de uma amiga da família que a apresentou obras de grandes escritores, o que foi essencial para o desenvolvimento da sua paixão pela escrita.
Anos depois, já maior de idade e mãe, Angelou conheceu grandes figuras como Martin Luther King, Nelson Mandela, Malcolm X, James Baldin e, até antes da fama, Oprah Winfrey. Estar dentro desses círculos sociais fez com que a escritora firmasse compromisso como ativista social negra e defensora dos direito civis.
Em 1969 publicou sua primeira autobiografia intitulada “Eu sei por que o pássaro canta na gaiola”, onde relatou sua infância até os 16 anos trazendo em seu contexto temas como racismo, machismo e a pobreza.
Obras de Maya Angelou
Maya Angelou conta com uma extensa lista de trabalhos entre livros, poemas, peças de teatro, atuação no cinema e na televisão.
Sua obra mais conhecida foi “Eu sei por que o pássaro canta na gaiola” que fez com que ela se tornasse uma das primeiras mulheres negras a emplacar um best seller nos EUA.
Em 1993 Maya ganhou mais fama e reconhecimento após recitar seu poema “On the Pulse of Morning” na posse de Bill Clinton e receber um Grammy por ele.
O legado da autora e suas obras se mantém até hoje. A campanha American Women Quarters ao colocar seu rosto no moeda não seria a primeira homenagem, em 2015, um ano após sua morte, um selo do serviço postal dos Estados Unidos foi emitido em comemoração a Maya.
Agora, em 2022 Angelou estará novamente no dia a dia dos norte-americanos para relembrá-los da potência que uma mulher negra tem.