Mulheres negras com o olhar para o futuro, reconhecendo o passado

Quando falamos de representatividade, surge a reflexão sobre como podemos nos inspirar para o futuro como mulheres negras que querem se sentir representadas?

Não queremos apenas discutir nossas batalhas e as dificuldades da vida. Na realidade, é crucial termos referências que alimentem nosso desejo de fazer a diferença.

O ponto chave é que se obtém um olhar clínico do contexto atual olhando para os impactos gerados nas situações que se antecederam na história.

Isso fortalece ainda mais nosso propósito interno, ao invés de dependermos do externo.

É por isso que vamos compartilhar 5 exemplos de mulheres negras que são referências, para empoderar sua vida e cultivar o desejo de ser quem você realmente é.

Sueli Carneiro

Sueli é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro.

Ela tem se dedicado à luta contra o racismo e a promoção dos direitos das mulheres negras.

Além de ser uma intelectual e ativista que tem trabalhado intensamente pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres negras, é a fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra em São Paulo.

Atualmente, tem sido uma voz forte na luta contra o racismo estrutural e seu engajamento com toda a comunidade nos incentiva a refletir sobre as opressões sociais.

Carolina Maria de Jesus

Carolina foi uma mulher incrível que viveu em uma favela e registrou sua vida em um diário chamado “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.

Foi uma das primeiras mulheres negras a publicar um livro no Brasil. Sua obra trouxe visibilidade à realidade das favelas e das mulheres negras no Brasil.

Um ponto interessante é o quanto sua escrita nos fez refletir sobre as desigualdades enfrentadas pelas mulheres negras. Com toda certeza, foi muita corajosa de sua parte, já que inspirou a valorização das histórias e experiências das pessoas marginalizadas.

Ruth de Souza

Atriz pioneira no teatro, televisão e cinema brasileiros. Ruth quebrou barreiras raciais ao se tornar a primeira atriz negra a atuar em um papel principal no cinema nacional.

Ruth foi uma atriz pioneira e que quebrou barreiras raciais na indústria do cinema e do teatro brasileiro.

Seu sorriso era algo que contagiava as pessoas e tinha um toque especial no que se propusesse a fazer, tanto é que virou grande referência para artistas negros na televisão por seus papéis notáveis.

Seu talento abriu caminho para a representatividade das mulheres negras nas artes. Ela nos lembra da importância da diversidade e do reconhecimento do talento em todas as áreas.

Lélia Gonzalez

Lélia foi uma pensadora brilhante que contribuiu para a luta contra o racismo e o machismo no Brasil.

Era filósofa, socióloga e ativista, sendo uma das precursoras do movimento negro no país.

Sua trajetória nos lembra da importância do conhecimento, sobre a valorização da cultura negra e da reflexão para enfrentar as desigualdades, afim de construir uma sociedade mais inclusiva.

Tereza de Benguela

Por último, temos nossa querida Tereza, inspiração para a criação da De Benguela.

Tereza foi uma líder quilombola que desafiou a escravidão e construiu uma comunidade livre no Quilombo de Quariterê.

Sua resistência e determinação são um símbolo de força e coragem, mostrando que é possível lutar contra a opressão e buscar cada vez mais autonomia.

Qual espaço precisa do seu impacto hoje?

Que estas mulheres possam inspirá-la a também buscar a sua potência dentro de si mesma e que isso transborde em todas as pessoas ao seu redor.