Não é fácil a decisão de passar pela transição capilar, mas felizmente existem diversas formas de enfrentar esse processo sem que seu cabelo se torne seu maior inimigo.
É preciso também pontuar, que este é um processo que vem de dentro para fora e que há outras formas de transicionar, sem ser a partir do uso de químicos no cabelo.
Pode ser por alguém que só usa o cabelo preso em rabos de cavalo, tranças e coques, mas nunca fez alisamento e tão pouco usa os cabelos soltos.
A insegurança será inevitável e a paciência imprescindível, já que a maioria das pessoas que fazem a transição capilar não tem ideia de como é a textura natural de seus cabelos, e o mercado e indústria da estética tardiamente estão preparados para receberem esse tipo de público.
Ter consigo pessoas que lhe dão suporte e de fato apoiam emocionalmente faz toda a diferença.
A autoestima, principalmente da mulher, está muito ligada aos cabelos e aos padrões sociais de beleza e feminilidade.
Para quem sofre o corte químico (quando a mistura de produtos reagem de forma que quebram o cabelo), o processo pode ser mais impactante.
Nisso entra o big chop, que é um corte que tira toda a parte alisada do cabelo, deixando somente a raiz que cresceu desde o último alisamento.
É nesse momento que é importante começar a pensar em produtos e modos de cuidar de seu cabelo natural, de forma que você possa se descobrir, sem a frustração de não saber como lidar com o crespo ou cacheado.
Nós demos algumas dicas aqui e aqui.
Quando assumir cabelos bem curtos não é opção, pode-se cortar bimestralmente as pontas alisadas, até que toda a química tenha saído.
Nesse tipo de transição, é preciso saber lidar com as diferentes texturas que seu cabelo terá. Utilizar métodos de texturização pode ser um bom aliado.
A texturização é quando você molda seu cabelo de modo a deixá-lo em um único padrão de curvatura. Aqui ensinamos cinco formas de fazer.
Uma das coisas que muita gente opta na transição, é a utilização de box braids, que são tranças feitas em todo cabelo, como forma de alongamento, utilizando cabelo sintético e/ou orgânico.
A tração provocada pelas tranças, aceleram o crescimento do cabelo, porém, se usado por muito tempo, pode causar alopecia, que é uma queda do cabelo.
Além de que, a utilização de braids pode se tornar uma muleta para a pessoa que deixou para trás o alisamento químico, fazendo com que nunca assuma de verdade seus cabelos naturais.
Mesmo com todas essas opções e soluções, o grande baque ainda está no comprimento do cabelo.
Os crespos possuem o que é chamado de fator encolhimento, que devido a curvatura dos fios, o cabelo pode até estar longo, mas com a formação dos pequenos cachos, ele fica aparentemente menor do que realmente é.
Para lidar com isso, uma boa saída são os apliques e alongamentos que não agridem o cabelo natural, como as perucas e tic-tacs.
E essa é a principal vantagem dos produtos De Benguela, os alongamentos em tic-tac, dão comprimento e volume para quem já tem um certo tamanho de cabelo e são extremamente práticos, por serem um conjunto de 9 peças, completamente móveis, proporcionando diversas opções de penteados.
Outro tipo de alongamento, é o de entrelace.
É feito trança raiz por toda a cabeça e costurado um tecimento.
Esse método é um dos que protegem o cabelo natural durante a transição, mas é preciso ter cuidados na manutenção e higienização da cabeça, lavando bem entre as tranças e desembaraçando o alongamento desde as pontas até a raiz.
A utilização de trança raiz pode ser usada também para quem opta por perucas, que não dão tanta mobilidade e possibilidade de penteados quanto as meia perucas, mas são práticas e podem ser usadas por qualquer pessoa, em qualquer umas das fases da transição capilar.
Agora, se nada disso lhe é convidativo, você pode raspar sua cabeça e começar do zero, não só o processo de transição capilar, mas também o de se aceitar, amar e se conhecer, do jeito que você é.